5 dias em Nova Iorque

In New York,
Concrete jungle where dreams are made of,
There's nothing you can't do,
Now you're in New York,
These streets will make you feel brand new,
Big lights will inspire you,
Let's hear it for New York, New York, New York
One hand in the air for the big city,
Street lights, big dreams all looking pretty,
No place in the world that can compare,
Put your lighters in the air, everybody say yeeah

Empire State Of MindJay Z feat. Alicia Keys


E aí você se vê bem no meio da rua que viu naquele filme, ou se depara com o hotel de que fala aquela música, ou passa na frente do prédio onde mora seu ator preferido... Tudo em Nova Iorque tem uma história (ou uma lenda).

Depois de passarmos menos de um dia em NYC na nossa viagem para Washington,DC, agora fomos direto pra lá, pra tentar conhecer de verdade!

Dia 1

Chegamos ao JFK (aeroporto internacional de NY) por volta das 09h. Compramos nossos Metro Cards, para sair do aeroporto (utilizamos o trem de um dos terminais até a estação Howard Beach) e chegar ao hotel. 

Se você for ficar lá por uma semana e for andar bastante de metrô (que é fantástico e recomendo muito, porque leva à maioria dos lugares), compre um 7-Day Unlimited Pass, que custa US$ 29. Siga o link para mais dicas sobre como andar de metrô por lá.

Estação Howard Beach, saindo do aeroporto

Dentro do metrô

Pegamos o metrô até a 96 St., pois nos hospedamos bem pertinho da estação, no Days Hotel Broadway da 94th Street, esquina com a Broadway. Não muito caro (considerando que a hospedagem em NYC não é, definitivamente, das mais baratas ao redor do mundo), e bom (especialmente para quem depende do hotel só pra guardar as coisas, tomar banho e dormir).

Deixamos as malas no hotel e começamos nossa caminhada, em direção à 8th Ave., entre as ruas 46 e 47, pra retirar nossos ingressos já comprados pela internet para o ônibus turístico. Mais uma vez, nos valemos dele pra facilitar nossas vidas, mas vimos que poderíamos tranquilamente ter feito nosso roteiro todo baseado no metrô (veja o mapa) e na caminhada.

Paramos no caminho para almoçar, e depois andamos (muito!). Mas não tem jeito melhor de conhecer um lugar do que andando por ele.

Chegamos ao centro de atendimento do ônibus turístico por volta das 17h, e esperamos pra fazer o tour noturno, passando pela Times Square, Empire State Building, Greenwich Village, SoHo, Little Italy e Chinatown, Brooklyn Bridge e Lower East Side. Tudo só pra olhar, porque este tour não permite “subir e descer” do ônibus. 

Ao final, fomos bater perna na Times Square, onde fizemos a festa no Hershey’s Chocolate World e, logo em frente, no M&M’s World. Pra fechar esse primeiro momentinho “compras”, entramos na Forever 21, linda, enorme e enlouquecedora! Amei! Já era quase 23h e o movimento continuava grande na “cidade que não dorme”. Terminamos em pizza na 8th, tomando o caminho de volta para o hotel.

Aliás, estando na Times Square, duas opções muito bacanas pra comer: o Hard Rock e o Bubba Gump (sim, inspirado no filme Forest Gump!).

Times Square
Start spreading the news
I'm leaving today
I want to be a part of it
New York, New York …
I wanna wake up in that city
That doesn't sleep
(“New York, New York”, Frank Sinatra)

Times Square

A loja da Hershey's, na Times Square...

A loja da Hershey's, na Times Square...

... e a da M&M's, na outra esquina

Será que tem M&M's suficiente?!

Forever 21, na Times Square

Forever 21, na Times Square

Forever 21, na Times Square

Aqui terminamos nossa noite, com pizza quase na esquina da 8th Ave. com a 46th St.
Dia 2

Acordamos e fomos direito para uma das inúmeras Starbucks que havia perto do hotel (são muitas mesmo, às vezes quase uma de frente pra outra), para o café da manhã que não dispenso nos EUA: bagel com manteiga, café mocha e cookie – da Starbucks! Simples assim, mas suficiente (é o mais próximo que conseguimos chegar do nosso tão amado café da manhã do dia-a-dia. Nada de ovos com bacon! rs)!


A tentadora vitrine da Starbuck's

Bagels e café mocha: hummmmm!
Andamos bem pouquinho dessa vez, até a Amsterdam Ave. com a 104th, onde pegamos o ônibus para o roteiro “Uptown”. Passamos em frente à belíssima Catedral de Saint John the Divine, onde acabamos não entrando, e nos arrependemos (assista ao vídeo)...

Seguimos até o Metropolitan Museum of Art. A entrada é salgadinha (valor sugerido: $25), mas, pra quem estiver com tempo de passar lá um dia todo ou mais, vai ver que vale muito, porque o acervo é mesmo muito grande e simplesmente fantástico!




Templo egípcio no Metropolitan Museum of Art

Templo egípcio no Metropolitan Museum of Art

Arte grega no Metropolitan Museum of Art

Sala do século XVIII de uma casa situada na Filadélfia, reproduzida no Metropolitan Museum of Art

Arte africana no Metropolitan Museum of Art

Picasso no Metropolitan Museum of Art


Arte contemporânea no Metropolitan Museum of Art

Metropolitan Museum of Art
Dando a volta de novo, apenas passamos em frente de alguns lugares que não priorizamos, mas em que teríamos ido se tivéssemos tempo extra: American Museum of Natural History, Museum of the City of New York, Smithsonian Museum of Design, Jewish Museum, Guggenheim Museum, Central Park Zoo

Descemos no ponto da Igreja de Riverside (que também é linda!) para pegar o tour do Bronx. Lá, o segurança, um senhor que se mudou da Guiana inglesa para NYC há muitos anos, identificou nosso português e puxou uma loooonga conversa conosco. Acabamos nos atrasando pra pegar o ônibus, mas foi divertido conversar com ele!


Riverside Church

Por conta do atraso nos planos, acabamos fazendo este roteiro do Bronx bem precariamente... Descemos no ponto do Teatro Apollo, e não localizei o Malcolm Shabazz Harlem Market, onde eu queria muito ter ido, nem os restaurantes Sylvia's e Red Rooster Lenox Lounge, que estavam nos planos… Também não fomos ao estádio dos Yankees… Mas andamos bastante pelo Harlem e até fizemos mais umas comprinhas por lá. Paramos para almoçar no Harlem Shake, que é a cara da vizinhança!

O bairro é muito bacana, todo cheio da cultura afro-americana, pessoas mega estilosas pelas ruas, com toda aquela ginga e cores a que estamos tão habituados por aqui, além das casas de espetáculos de jazz e soul... É fantástico!


Harlem

Dentro da estação de metrô, no Harlem

Ficamos por lá até o fim da tarde e retornamos ao hotel, de metrô. Esta noite jantamos perto do hotel, no Manhattan Diner, que é um lugarzinho bem bacana!


Manhattan Diner

Manhattan Diner
Dia 3

Starbuck’s de novo e metrô, rumo ao ponto inicial do ônibus turístico, pra fazer o roteiro Downtown.

Pra começar o dia, um dos must see de NYC: o Empire State Building. Por $29, pudemos subir até o segundo mirante mais alto, no 86º andar. Para chegar ao topo, no 102º, o ingresso custa $46. A vista é imperdível! O prédio fica aberto todos os dias do ano, das 8h às 2h da madrugada do dia seguinte. O último elevador sobe à 1h15.


Empire State Building


Empire State Building

Vista do Empire State Building

Vista do Empire State Building

De lá, fomos pra Chinatown, bairro chinês de NYC, cheio de lojinhas, restaurantes, produtos falsificados (a gente vai passando e eles oferecendo de tudo: eletrônicos, relógios, perfumes... tudo num tom meio “contrabandista” rs), cores e cheiros (alguns bons, como os das inúmeras frutas lindas e suculentas vendidas pelas ruas; outros nem tanto, como das peixarias e de algumas das carnes...). As ruas são bastante sujas, e a sensação ruim que isso causa é amenizada por todo o resto. É como um país dentro de uma cidade.



Cores e cheiros em Chinatown

Chinatown

Chinatown

“No meio” de Chinatown, passamos pela Little Italy, o bairro muito charmoso que no início do século XX era dominado por ítalo-americanos e hoje mantém a tradição através dos bares e restaurantes que permaneceram (tem várias opções!).


Little Italy

Prosseguimos até chegar na esquina da Rua Canal com Bowery (eu pre-ci-sa-va ir até lá por um motivo bobo: a música dos Lumineers, mas fomos).



Esquina da Canal com a Bowery

Think of what it might have been if we
Took a bus to Chinatown
I'd be standin’ on Canal and Bowery
And she'd be standin’ next to me
(“Ho Hey”, The Lumineers)

Depois descemos a Canal de novo e fomos para o SoHo, andando pela Broadway. Bom lugar pra quem gosta de comprar. Nunca é nossa prioridade, mas, estando lá, entramos em algumas das inúmeras lojas que se espalham por ali (Tommy, Puma, Armani Exchange, Calvin Klein, Forever 21, Gap, Guess, Hollister – nesta vale a pena entrar, mesmo que não pretenda comprar, porque a loja é um verdadeiro cenário! –, Lacoste, Levi’s, Victoria’s Secret... enfim, se este é seu foco, dá pra gastar bem rsrs). Tem uma loja lá que é um paraíso (ou perdição!): It’Sugar. Se você é formiga de carteirinha como eu, vai “se perder” lá dentro!


SoHo

It'Sugar

It'Sugar

It'Sugar
Prosseguimos para Greenwich Village. O bairro, muito frequentado por estudantes (a Universidade de NY fica lá), é uma “galeria a céu aberto”, boêmio, charmoso, eclético, cenário cultural de NYC, que recebe a festa de Halloween mais famosa dos EUA. Teve como moradores, na ficção, os personagens de Friends, e abrigou as casas de personalidades como Raul Seixas e Bob Dylan.


Greenwich Village
Foi andando por lá que descobrimos o Favela Cubana, restaurante cubano-brasileiro que havíamos visto na internet, mas encontramos sem querer. Entramos. Era dia de jogo do Brasil na Copa do Mundo e não poderia haver melhor lugar para assistirmos. Comemos feijão com arroz e frango ao molho de maracujá (bom, mas nem se compara com o nosso...), croquetes de espinafre (de-li-ci-o-sos), pão de queijo (nunca-jamais leve um amigo gringo pra comer pão de queijo lá pela primeira vez: ele definitivamente vai sair de lá sem saber o que é pão de queijo rs) e cafezinho (muito bom! Nada fácil achar um café “dos nossos” pelos EUA rs). O ambiente é o máximo, e a energia daquele dia, assistindo Brasil e México entre brasileiros, mexicanos e outros gringos foi muito boa! Empatamos no jogo, mas o almoço foi um sucesso!


Favela Cubana

Favela Cubana

Croquetes de espinafre no Favela Cubana

Arroz, feijão e frango ao molho de maracujá no Favela Cubana

Cafezinho e pão de queijo no Favela Cubana

Favela Cubana (observe o detalhe dos bancos)
Ônibus de novo, rumo ao Rockfeller Center, complexo de edifícios comerciais construído pela família Rockfeller, que abriga o Radio City Music Hall e a sede da NBC, onde é gravado o Saturday Night Live. No inverno, é montada uma pista de patinação no gelo. É lá também que montam uma enorme árvore de Natal. Tem um mirante tipo o do Empire State: o Top of the Rock, que fica no 70º andar. Tem também uma loja da LEGO, por onde demos uma rápida passadinha. O MoMa (Museu de Arte Moderna), onde fomos no último dia, fica do outro lado da rua.


Rockefeller Center

Legoland: pra lembrar da infância

Dia 4

Ainda na rota “Downtown”, começamos o dia no World Trade Center (o memorial que ficou no lugar das torres gêmeas em homenagem às vítimas da tragédia de 11 de setembro).


Memoriais nos lugares antes ocupados pelas Torres Gêmeas

Memoriais nos lugares antes ocupados pelas Torres Gêmeas

Novo prédio contruído na área do World Trade Center

De lá, seguimos para a Trinity Church de Wall Street, minha preferida, pela arquitetura e pelo cemitério que ela abriga.


Trinity Church

Cemitério da Trinity Church
Seguindo pela Wall Street, coração financeiro de NYC, fomos até o Charging Bull, o “touro de Wall Street”. Diz a lenda que traz sorte passar as mãos em seus chifres e testículos. Nada supersticiosos, fomos apenas tirar uma fotos e conferir de perto a escultura de bronze, a caminho do Battery Park, onde compramos os ingressos para atravessar para a Liberty Island, ilha onde fica a Estátua da Liberdade, ponto turístico mais icônico de Nova Iorque e dos Estados Unidos.


Chargin Bull: o touro de Wall Street

Estátua da Liberdade

Estátua da Liberdade

Estátua da Liberdade
Porém, nada de subir até a coroa... os ingressos estavam esgotados até agosto (estávamos no início de junho). Como nossa viagem foi resolvida de última hora, não pudemos comprar antecipado ($21), mas fica a dica: ir com os ingressos comprados pela internet – e com bastante antecedência! O ingresso também nos permitia descer na histórica Ellis Island, mas dispensamos esta parte do passeio (não porque não seja interessante, mas porque não estava entre as prioridades e ainda havia muito a ver neste dia).

Retornamos à Park Row, para pegar o ônibus para o roteiro do Brooklyn. É uma vergonha, mas dormi durante os primeiros 20 minutos do passeio, debaixo de um sol escaldante e um calor de matar. Resultado: não descemos em nenhum dos pontos onde eu havia planejado (Museu de Arte do Brooklin, Jardim Botânico do Brooklyn, e de lá andar cerca de 1 km até uma das casas de Edgar Allan Poe, a Edgar Allan Poe Cottage – de todos, este foi o que mais senti por não ter ido... – e na Biblioteca Pública do Brooklyn).


"Bem-vindo ao Brooklyn, onde NYC começa!"

Meninos praticam numa quadra no Brooklyn uma das paixões nacionais: o basquete

Biblioteca Pública do Brooklyn


Ruazinha do Brooklyn
Descemos para almoçar no Applebee’s. Ar condicionado, refrigerante bem gelado e comida e sobremesa deliciosas! “Ressuscitei” ali, mas já havíamos perdido muita coisa. Como já havíamos almoçado, acabamos não indo também ao Junior's Restaurant.


Applebee's

Moral da história: quase posso dizer que não fomos ao Brooklyn...

Voltando para o hotel, paramos no Central Park, onde deitamos na grama, vimos esquilos de perto, ouvimos artistas de rua tocando boa música, tomamos sorvete... Muito relaxante!


Central Park

Central Park

Central Park

Central Park
Dia 5

Voltando ao Rockfeller Center, de metrô, fomos ao MoMA, Museu de Arte Moderna de NY, onde passamos a manhã inteira e parte da tarde. E ele merece! Amei!


A louça explosiva de Ingo Mauer: "Porca Miseria! Chandelier"

As latas de sopa da Campbell de Andy Warhol

Matisse

Picasso


O jardim do MoMA


Depois, andamos um bom pedaço da 5ª Avenida, entramos em algumas lojas, e chegamos finalmente à Biblioteca Pública de Nova Iorque. E depois paramos pra almoçar em algum lugar ali perto, já nem sei em que rua e cujo nome esqueci...


Biblioteca Pública de NYC

Biblioteca Pública de NYC

Biblioteca Pública de NYC

Biblioteca Pública de NYC
E continuamos a caminhada, até chegar à 34th St. As quadras entre a 7th e a 5th Ave. são um verdadeiro shopping a céu aberto: Victoria’s Secret , Gap, Uniqlo, Sephora, Forever 21, H&M, Aéropostale, Banana Republic, Desigual, além da gigantesca Macy’s e, na esquina da 6th Ave. com a 33th St., tem uma JC Penney e uma Toys R Us.
Continuamos até chegar ao Madison Square Garden, famoso complexo desportivo da cidade, que também é palco de grandes shows e eventos.

Dia 6

Dia de ir embora... neste não dava mesmo pra fazer nada. Foi só pegar o metrô rumo ao aeroporto. A “descoberta” do dia foi justamente no metrô: conheci e me apaixonei pelo trabalho do ilustrador James Gulliver Hancock.


James Gulliver Hancock no metrô

Deu pra cumprir boa parte do roteiro mas, é claro, com 5 dias em uma cidade do tamanho de NYC, precisamos estabelecer prioridades. E tem pra todos os gostos (consumista, amante de história, de arte, de teatro, de gastronomia, de música, fashionista, baladeiro, boêmio...), desde que o ritmo frenético e cosmopolita da cidade combine com o seu!

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