3 dias em Belo Horizonte, com Ouro Preto, Mariana e Inhotim

Quando contamos para onde iríamos no feriado de 04 a 07.06, algumas pessoas torceram o nariz: “Vão fazer o que três dias em Belo Horizonte?!”. A gente conta neste post que há muito pra fazer na capital mineira e arredores. E três dias ainda é pouco!

- Hospedagem: testamos e aprovamos o Ibis Budget Belo Horizonte Afonso Pena (lembrando que, para nós, hotel é pra tomar banho e dormir. Se você espera mais conforto, este não serve). A localização é ótima.

- Locomoção: pra facilitar, alugamos um carro.

DIA 1

Começamos nosso roteiro belo-horizontino pelo cartão postal da cidade: a Lagoa da Pampulha, onde fizemos uma caminhada até a graciosa Igreja São Francisco de Assis, com arquitetura assinada por Oscar Niemeyer; painel em azulejos de Candido Portinari na área posterior externa e interna (mural do altar e pequenos quadros que retratam a Via Sacra); paisagismo de Roberto Burle Marx; mosaicos do pintor, desenhista e ilustrador Paulo Werneck nas laterais; painéis em bronze de Alfredo Ceschiatti, no interior do batistério; esculturas de Zomoiski e José Pedrosa. Ufa! Uma verdadeira obra de arte moderna (e sacra)!

Lagoa da Pampulha, com a Igreja de São Francisco de Assis

Painel de azulejos de Portinari, na Igreja São Francisco de Assis
O Museu de Arte Moderna e a Casa do Baile completam o complexo arquitetônico da Pampulha.
Passamos pelo Estádio do Mineirão, onde muitas pessoas aproveitam o espaço externo para andar de bicicleta, patins e até carrinho de rolimã!
Espaço externo no Estádio do Mineirão
Hora do almoço. Nada como comida mineira em Minas! Fomos ao Restaurante Dona Lucinha (matriz). Ambiente aconchegante de casa colonial, delícias mineiras como pão de queijo, feijão tropeiro e frango com quiabo; sobremesas deliciosas, e o atendimento mais que especial do Sr. Zequinha, super simpático e atencioso! Receitas manuscritas pela própria D. Lucinha, utensílios antigos de cozinha, muitas fotos compõem a memorabilia que integra a decoração do restaurante, que fazem o lugar ser ainda mais interessante. Recomendo!
Sobremesas mineiras da Dona Lucinha

Sr. Zequinha: atendimento maravilhoso!

Memorabilia da Dona Lucinha
Para uma vista privilegiada da cidade, fomos à Praça Israel Pinheiro, mais conhecida como “Praça do Papa”, onde o Papa João Paulo II celebrou uma missa campal, em 1980. Ali perto, fomos conferir a ilusão de ótica da Rua do Amendoim (Rua Professor Otávio Magalhães), que ficou conhecida porque quando os motoristas desligam seus automóveis, têm a sensação de que o carro está subindo a suave ladeira, ao invés de descer.
Vista da Praça do Papa
Ainda atrás de vistas panorâmicas, fomos ao Mirante das Mangabeiras, no Parque Municipal das Mangabeiras, maior área verde da cidade, com paisagismo de Burle Marx, encravado na Serra do Curral. A vista é muito bacana e vale uma visita!
Vista do Mirante das Mangabeiras
Da natureza de volta para o centro, fomos para a Praça da Liberdade. Fomos a uma exposição no Espaço do Conhecimento da Universidade Federal de Minas Gerais. É nesta praça que ficam também o Museu das Minas e do Metal e o Centro Cultural Banco do Brasil. Neste último, aproveitamos que a fila não era tão grande para ver a exposição sobre Kandinsky, agora no CCBB de São Paulo.
De lá, fomos procurar um lugarzinho que chamasse atenção pra comer. Paramos no café e gastrobar A Pão de Queijaria. Pão de queijo imperdível, claro, mas o que encantou os amigos foi uma sobremesa: Profiteroles à Mineira (broa de milho recheada com sorvete de doce de leite e calda de chocolate). Muito bom! Gostamos tanto que voltamos lá no último dia.
Profiteroles à Mineira, da Pão de Queijaria
DIA 2
Nosso destino era Ouro Preto.
A primeira parada no caminho foi no Museu das Reduções, que reúne réplicas de monumentos de diversos estados brasileiros em escala 25 vezes menor, utilizando exatamente os mesmos materiais dos modelos em suas reproduções, projeto pessoal sem fins lucrativos dos “Irmãos Vilhena”, nascidos em Campanha-MG, na primeira metade do século XX.
Chegando a Outro Preto, igrejas pra visitar não nos faltaram. O clima da cidade é muito gostoso: muita história, muito verde, muitos turistas e ótima recepção nos lugares! Só andar pelas ruas da cidade já vale o passeio. Não tínhamos roteiro. Se uma igreja, museu ou lugar chamava atenção, parávamos. Boa parte das igrejas estava fechada, e muitas delas tem que pagar pra visitar. Nossa amiga Thay e eu entramos na Igreja de Nossa Senhora do Carmo. Depois de andarmos bastante, fomos almoçar no Templo de Minas. O lugar é muito bacana, comida boa, atendimento bom, mas demorou bastante. Também visitamos a “Feira de Pedra Sabão”, feirinha de artesanato do Largo de Coimbra, em frente à Igreja de São Francisco de Assis.
Feira de Pedra Sabão, em Ouro Preto

Praça Tiradentes, em Ouro Preto
Tentamos, sem sucesso, entrar no Café Cultural Ouro Preto. Havia fila de espera e pouca chance de alguém sair dali nos próximos 30, 40 minutos (se tivéssemos conseguido sentar, também não sairíamos tão cedo!).
Como não desistimos fácil de um bom café, fomos à cafeteria da Chocolates Ouro Preto. Destaque para o cappuccino delicioso!
Resolvemos dar uma esticadinha até Mariana. No caminho, paramos no complexo das Minas da Passagem. Lá, é possível fazer um passeio monitorado (pago) no interior da mina (para maiores informações, clique aqui). Visitamos o pequeno museu, que conta um pouquinho da história da mina, aberta em 1719 e desativada em 1985. Conta-se que, ao longo deste período, foram retiradas cerca de 35 toneladas de ouro do local.
O sol já se punha quando chegamos a Mariana, onde ainda deu tempo de visitar uma parte da Casa de Câmara e Cadeia, que estava quase fechando. Na mesma Praça Minas Gerais, ficam as igrejas de São Francisco e de Nossa Senhora do Carmo, que já estavam fechadas.
Igreja de São Francisco de Assis, em Mariana
Voltamos pra BH e depois fomos conhecer um dos lugares mais memoráveis dessa viagem: o Freud Bar, em Nova Lima. Fica no meio do mato. Friozinho bom para um caldinho delicioso, sentadinhos numa mesa em cima de uma árvore. Sim! Tem mesas montadas em árvores! Vale até levar uma mantinha pra se esquentar. O caldinho de feijão é imperdível!
Caldinhos no Freud Bar
DIA 3
Hoje era dia de Inhotim, jardim botânico-museu, que fica em Brumadinho. Com obras de arte contemporânea ao ar livre e em galerias espalhadas em meio a muito verde, o Inhotim precisa de mais de um dia pra ser visitado com cuidado.
Inhotim (foto: Thayane Scarpelli Nunes)

Arte e natureza no Inhotim

Arte e natureza no Inhotim
O parque conta com alguns restaurantes (conferimos o Oiticica e o Café do Teatro).
Pra relaxar e respirar ar puro e muita arte!
Na volta, fomos conhecer o BH Outlet Plus. Meninas sem muita disposição pra comprar hoje, quem aproveitou e aprovou foram os meninos!
À noite, “descobrimos” um espaço muito charmoso em BH: a vila gastronômica Vila Rica. Com diversas opções tentadoras e uma recepção muito atenciosa e simpática, foi difícil escolher onde ficaríamos. Acabamos em pizza, na Don Carlo La Pizzeria, onde fomos muito bem atendidos pelo João, que também apresentou pros meninos as várias opções de cervejas nacionais e gringas do empório Dona Breja, enquanto Thay e eu nos encantávamos com os detalhes do lugar. As pizzas, muito boas, saem rapidinho.
E assim nos despedimos de BH. Daquilo que havíamos planejado para esses dias, só faltou mesmo o Mercado Central, que deve ser tudo de bom, cheio de cores, cheiros e sabores! Deu pra aproveitar bastante!
Para mais informações turísticas de Belo Horizonte, clique aqui.

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